Sob as cores que eu refletia o mundo ia acontecendo... há uma certa perspectiva de estranhado atordoamento. Em derredor de mim, havia, decerto, na quietude que se instalava, sob todos os aspectos algo que me incomodava, assolava, angustiava, feito um desespero atordoante como posso assim diagnosticar aquilo que decerto estava distante de qualquer entendimento. Porém, para não ser acusado por alguém que porventura venha a ler isso que nesse instante exato boto-me a inscrever (no sentido de registrar, sim, isso mesmo) cumpre dar algo a mais que essa parca alusão à qual a mim satisfaz, porém nem tanto... mas... então... desse modo ponho-me a narrar com um pouco mais de precisão aquilo que de fato é só uma alusão, contudo... enfim... aludo à um sentimento de angústia tamanha. Imagine você (ah sim, uma Experiência Imaginária...) bem, imagine você... um campo largo, esverdeado, sob um céu imensamente azulado, ensolarado, e um vento refrescante fazendo-lhe carícias... sim, eu sei, você há de me dizer, mas como essa incrível paisagem pode assim corresponder à tão desesperado sentimento... pois é... acontece que eu não sei...
(Do livro de contos "Na beirada do abismo", a ser publicado.)
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