Essa é uma história de um aquilo que quase aconteceu... Foi assim, nós dois, o Juquinha e eu. Chegamos na rua. A rua vazia. Nós dois chegando juntos... e logo quando agente se vê começa a brincar juntos... cada hora um brinquedo diferente que agente mesmo inventa ou copia de outro alguém que inventou... quanto à isso, eu não discuto. Já o que motivou aquele não, o que eu disse quando me perguntaram se eu sabia o que havia acontecido... eu disse não. Não sei. Já isso sim é matéria para discussão. Agora, a verdade mesmo, aquilo que quase aconteceu foi assim: chegamos lá na rua. Vamos brincar de pique esconde? Vamos! Você pega e eu me escondo. Ah não! Eu quero me esconder. Mas Juquinha, eu também quero, ué! Ah, então vamos tirar cara ou coroa, você tem uma moeda aí? Eu não tenho... então vamos tirar par ou ímpar. Beleza. Par! Ímpar! Um, dois, três e já! Ganhei! Eu quero esconder primeiro. Não!Não! Quem perde é que escolhe primeiro. Eu perdi, então eu escolho esconder. Eu ganhei, eu escolho. Ô Juquinha, cê é muito chato, credo! Só porque eu queria esconder. Também não brinco mais com você. Ah não, Marcelo, peraí. Você esconde depois, vai ser bom...
Sim! tudo isso que contei até aqui, foi o que se passou naquele dia quando eu, Marcelo, saí pra brincar com o Juquinha e o Juquinha morreu...
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