Neste instante, diante a um sentimento tão arrebatador que inunda os meus sentidos, perdido, perplexo, não encontro palavras pra dizer um grito. Emudeço. No entanto, se assim me permaneço, ei de afogar-me nesse mar tão perigoso, um revoltoso mar que aparenta-se calmamente. Tento em vão, digo de antemão, organizar o caos em que me meto. E como já sabido, falho. O que me resta então? Tornar cor. Tornar formas. Reinvento... um por exemplo: pétalas de rosas mordiscadas por abelhas ferozes. Mel azedado. E se num amarelo esbarro, camuflado, era o sol que esconde lá aonde o azul avermelhado brincava apaziguado em se fazer magenta. Justo num algures quase inacessível a mim. No entretanto o quase, submerso em verde, provocava um tom amarronzado, típico de ocaso que se esqueceu de amanhecer...
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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